Livros para autoconhecimento
Por: Marília Paiva, presidenta do Conselho Regional de Biblioteconomia – 6ª Região
Os livros têm o poder de provocar emoções, ampliar os horizontes e disseminar ideais e conhecimentos. A leitura também pode ser usada como função terapêutica, a chamada biblioterapia.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 350 milhões de pessoas sofrendo com depressão no mundo e as terapias alternativas são uma grande aliada na reversão dessa situação.
A biblioterapia é a junção de duas palavras de origem gregas: biblion (βιβλίο), referente a toda espécie de artefato bibliográfico ou a qualquer material que possibilita o ato da leitura e therapeia (θεραπεία) que significa terapia, ou seja, a prescrição da literatura como terapia alternativa.
O processo estimula a leitura como auxiliar para no processo de autoconhecimento das pessoas de indivíduos, propondo a interpretação das mensagens transmitidas pelo enredo e adequação no cotidiano, estimulando o autoconhecimento.
O livro apresenta outras formas de se ver o mundo, destacando culturas e realidades diferentes. O entretenimento ajuda na redução do estresse e estimula o cérebro, propiciando que o leitor se identifique com personagens da história, principalmente, quando ocorre o processo de empatia, auxiliando na comparação das soluções do enredo à aplicação na vida.
A biblioterapia deve ser realizada por um biblioterapeuta, ou seja, os profissionais, como bibliotecários, psicólogos, psiquiatras, profissionais da área de educação e assistentes sociais com formação e habilidades terapêuticas e um vasto conhecimento sobre literatura para buscar e recuperar livros verdadeiramente transformadores.
A leitura é libertadora e auxilia a psique a encontrar o equilíbrio necessário para dosar as situações cotidianas com o real peso que realmente representam. Se espelhar em personagens que sofrem das mesmas dificuldades e conseguem romper os obstáculos é uma forma eficaz de estimular as pessoas a encontrarem soluções para os seus problemas, melhorando a qualidade de vida e a gestão da emoção.
Marília Paiva é presidenta do CRB-6 – 18ª gestão. É Doutora (2016) e Mestre (2008) em Ciência da Informação pela Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais, onde cursou a graduação em Biblioteconomia (2004). Atualmente é professora adjunta da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais, atuando no Departamento de Organização e Tratamento da Informação, ministrando disciplinas para os cursos de graduação de Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia. Suas áreas de interesse são: políticas públicas de informação para bibliotecas; bibliotecas públicas e escolares.
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